500 ANOS DA DESCOBERTA DO ESTREITO DE MAGALHÃES

Estrutura de Missão Oct 21 2020

A PASSAGEM QUE LIGOU 2 OCEANOS E DEU MAIS MUNDO AO MUNDO No próximo dia 21 …

  • A PASSAGEM QUE LIGOU 2 OCEANOS E DEU MAIS MUNDO AO MUNDO

No próximo dia 21 de outubro assinalam-se os 500 Anos da descoberta do Estreito de Magalhães, feito realizado no âmbito daquela que seria a primeira viagem de Circum-Navegação, uma expedição planeada e comandada pelo navegador português Fernão de Magalhães e concluída pelo espanhol Juan Sebastián Elcano.

Para assinalar a data em Portugal, vão ser organizadas pela Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário da Circum-Navegação comandada pelo navegador português Fernão de Magalhães 2019-2022, em parceria com diversas entidades locais e nacionais, uma série de iniciativas que pretendem aludir, como marco da expedição, à sua importância no domínio simbólico, histórico-cultural e científico, com o programa disponível neste link: https://magalhaes500.pt/programacao-comemorativa-fernao-de-magalhaes-500-anos-da-descoberta-do-estreito/

Situado no Chile, na região que tem como nome Magallanes, a descoberta do estreito, e comprovação da ligação entre o oceano Atlântico e o oceano que Fernão de Magalhães batizaria de Pacifico, permitiu acrescentar aproximadamente 60% ao mundo até então conhecido, confirmou a condição esférica do nosso planeta e ofereceu à humanidade um até então desconhecido “Planeta Oceano”.

A importância da descoberta do Estreito assentaria na nova realidade de como se passou a pensar o mundo nos seus diferentes domínios, nomeadamente, o comercial, o cultural e, sobretudo, o geopolítico. Nascia com esta descoberta o conceito de rota global que rege a navegação contemporânea.

Esta nova realidade traria a renovação do imaginário coletivo existente à altura, imposto desde a antiguidade e a idade média, sobre a finitude do planeta, a sua conceção de habitabilidade e a sua dimensão global.

O estreito tem aproximadamente 570 Km (310 milhas náuticas) de comprimento e 2 Km (1,1 milhas náuticas) de largura no seu ponto mais estreito. O seu principal porto situa-se em Punta Arenas, capital da província chilena de Magalhães e Antártida.

É considerado um dos percursos mais difíceis de navegar do mundo devido à estreiteza da passagem natural e às imprevisíveis correntes de maré e ventos que experimentam ao longo do percurso. Esta sinuosidade e a sua forma labiríntica explicam, em parte, os 38 dias que Fernão de Magalhães necessitou para completar a travessia.

Todavia, apesar da dificuldade em navegar pelo estreito, este oferece uma via navegável interior mais protegida, sendo uma rota preferida usada pelos navios em detrimento da famosa Passagem de Drake, que separa o Cabo Horn das Ilhas Shetland do Sul da Antártica.

Sendo a maior e mais importante passagem natural entre os oceanos Atlântico e Pacífico, o legado da descoberta deste estreito ainda hoje perdura.

Antes da abertura do Canal do Panamá, em 1914, o Estreito de Magalhães era a mais importante rota para os navios que navegavam entre os oceanos Atlântico e Pacífico. Todavia, atualmente estima-se que cerca de 1.500 navios ainda passem pelo Estreito todos os anos o que concorre para a sua relevância marítima e contributo para a economia regional.

Tal é verificável não apenas para os navios que, não cabendo no Canal do Panamá, escolhem as suas águas para se mover entre os oceanos, mas também pelos cerca de 50 navios de cruzeiro que todos os anos sulcam as suas águas.

Com uma paisagem que convoca à exploração de uma natureza singular, ladeada por montanhas e glaciares, e servindo como porta de entrada à Antártida e ao Pacifico, o estreito e a sua a travessia, são ainda um dos principais destinos turísticos da atualidade.

Também na realidade atual, no âmbito das emergentes preocupações ambientais, ainda é visível o legado deixado por esta descoberta de Magalhães.

Quando se abordam as implicações relacionadas com as alterações climáticas, e se recorre ao conceito de mar único para dimensionar o impacto das suas consequências, tal se deve à confirmação da intercomunicabilidade entre os oceanos em resultado direto da descoberta da passagem, por mar, entre o Este e o Oeste.

Para mais informações, por favor consulte os links abaixo:

Um programa completo para celebrar o V Centenário da Circum-Navegação

Programação comemorativa Fernão de Magalhães – 500 anos da descoberta do estreito