O Navio-Escola Sagres regressou este domingo à Base Naval de Lisboa, de onde tinha partido a 5 de janeiro para a viagem comemorativa dos 500 anos da circum-navegação de Fernão de Magalhães. A chegada a Portugal da histórica embarcação e dos mais de 140 ocupantes acontece 8 meses antes do previsto, devido à pandemia da Covid-19.
“É um regresso inesperado, diferente daquele que imaginavam, e partilho da vossa tristeza por ser assim”, afirmou o Ministro da Defesa Nacional na mensagem que transmitiu ao comandante Maurício Camilo e restante guarnição do veleiro, construído há mais 80 de anos.
João Gomes Cravinho referiu que “a viagem continuará noutros moldes, noutro momento”, sem, contudo, apontar uma data concreta. “Neste momento, é muito incerto”, adiantou o ministro da Defesa Nacional, acrescentando que “planos para um futuro mais longínquo precisarão de ser apurados”, de acordo com a evolução da atual conjuntura mundial e à medida que se conhecer mais informação.
João Gomes Cravinho deixou claro o orgulho pelo trabalho da equipa da Sagres e elogiou a capacidade de adaptação, assim como a forma como a guarnição se preparou e cumpriu o período possível da missão originalmente programada.
Além do Ministro da Defesa Nacional, o regresso da Sagres foi também acompanhado pelo Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, e pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Almirante António Mendes Calado.
Desde a largada no início de janeiro, o navio acabou por percorrer quase 16 mil milhas náuticas, o equivalente a cerca de 30 mil quilómetros, ao longo de mais de 2 mil e 300 horas de navegação, tendo sido visitado por mais de 11 mil pessoas e passado por portos de 6 países.
A rota inicial do Navio-Escola Sagres previa a passagem por 22 portos de 19 países, com paragem no Japão para os Jogos Olímpicos de Tóquio, e regresso a Portugal em meados de janeiro do próximo ano.