Hoje, na Expo 2020 Dubai, foi o dia da inauguração oficial da peça de arte urbana do artista português Bordalo II, “Pinguins de Magalhães”, feita com plástico dos oceanos, a celebrar os 500 anos da viagem de circum-navegação de Fernão de Magalhães.
Uma cerimónia em que José Marques, presidente da Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário da Circum-Navegação comandada por Fernão de Magalhães, afirmou:
“É uma honra estar presente no Dubai, nesta fantástica mostra de mundivisão cultural, onde o simbolismo do legado de Magalhães e da primeira Circum-Navegação estão agora presentes e em casa, aqui no Pavilhão de Portugal.
Presentes através deste contributo da Estrutura de Missão para as Comemorações do V Centenário da Primeira Circum-Navegação para a reflexão em torno do tema «Connecting Minds, Creating the Future».
Há 500 anos o navegador português Fernão de Magalhães planeou e liderou a mais arrojada expedição náutica da história, que, concluída Juan Sebastián Elcano, se tornaria a primeira circum-navegação do planeta.
Um feito que demonstrou que a intercomunicabilidade entre os oceanos, revelando-nos a primeira visão global e abrangente do mundo.
Um mundo de diversidade natural, de diversidade humana – um mundo como um “casa”- A “Casa da Humanidade”.
Revisitar Magalhães, pioneiro e construtor do mundo global e revisitar sua ação é, além da responsabilidade histórico-cultural, uma oportunidade de pensar o presente e o futuro.
Portugal tem uma perspetiva global, em que, hoje, como há cinco séculos, o Oceano, o oceano de Magalhães que nos une a todos, é um desígnio prioritário/estratégico de Portugal, um desígnio prioritário/estratégico para o mundo.
Valores assumidos também pelo programa de comemorações do V Centenário da Primeira Circum-navegação que aqui assinalamos, nomeadamente a valorização do conhecimento, redes de cooperação e o oceano e a sua sustentabilidade como valores transversais.
Pela singular assinatura artística de Bordalo II, Artur, a quem expresso os meus sinceros agradecimentos, assinalamos o compromisso de Portugal com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas, em particular a conservação e utilização sustentável dos oceanos, mares e ecossistemas marinhos para um desenvolvimento sustentável.
Esta criação artística pretende ser uma mensagem para uma mudança urgente de comportamento em prol da sustentabilidade de todas as espécies, como aquela representada – o Pinguim de Magalhães. Uma espécie documentada pela primeira vez ao cruzar o Estreito de Magalhães.
Também este um legado da primeira Circum-navegação e da expedição inicialmente comandada por Fernão de Magalhães.
Um legado que nos permitiu conectar oceanos e mundos, conectando culturas e conectando pessoas.
Um legado que perdura, e que ainda hoje se manifesta.
Como é o caso do que nos une aqui hoje.
Obrigado!”