O projeto “Um Traço por Magalhães” nasceu como homenagem a Fernão de Magalhães, com o intuito de celebrar os 500 anos da sua viagem de circum-navegação. Magalhães deixou a sua marca na História, mas este projeto pretende relembrar os seus feitos e gravá-los, em forma de arte, por vários locais do mundo.
Esta ação teve início em Ponte da Barca e conta com o apoio da Direção Regional de Cultura do Norte, do Município de Ponte Barca e da comunidade portuguesa. Também se uniu com o Centro Artístico “A Casa ao Lado”, fundado em 2005, em Vila Nova de Famalicão, pelos artistas plásticos Joana Brito e Ricardo Miranda.
O mais recente projeto iniciou-se no presente mês de novembro e pretende, juntamente com a participação da comunidade escolar, revitalizar o Pavilhão Gimnodesportivo, um dos principais núcleos urbanos da Vila de Tabuaço. A imagem a ser pintada foi criada à luz dos temas da vontade, da força e da perseverança, como um símbolo de nascimento e conhecimento, provenientes da circum-navegação de Fernão de Magalhães.
Neste momento, apenas é possível imaginar qual será o resultado, uma vez que a Câmara Municipal de Tabuaço não pretende partilhar fotos até esta surpresa ficar concluída. Uma vez finalizada, constará no mural um Código QR onde será disponibilizada toda a informação sobre o projeto e a sua realização.
Macedo de Cavaleiros foi uma outra cidade selecionada para integrar as intervenções artísticas murais. Para a vice-presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, “é um orgulho o nosso concelho e as nossas escolas terem sido contempladas com este projeto”.
Realizaram-se intervenções semelhantes, onde foram envolvidas comunidades locais em Matosinhos e Leça da Palmeira.
A homenagem a Magalhães também viajou até ao Bairro Português, em Malaca, na Malásia, onde foi pintado um mural inspirado na azulejaria portuguesa. Esta obra, com uma dimensão de dez metros de comprimento e três metros de altura, foi realizada por lusodescendentes, residentes e pela comunidade local.
Para Joana Brito, estas intervenções artísticas têm como objetivo “criar um polo de referência turística que integre os roteiros da arte urbana do próprio bairro”, além de “requalificarem o património municipal e local”.
Também referiu que “Com este projeto pretendemos também ajudar a potenciar o empreendedorismo local, ensinando os participantes a produzir peças artesanais através de técnicas simples de reprodução gráfica, tirando assim partido da imagem criada no mural artístico, para que posteriormente possam vender as peças a turistas”
E acrescentou que “O facto de este projeto de arte urbana envolver a participação ativa da comunidade local proporciona não apenas o acesso à experimentação artística a jovens com condições socioeconómicas vulneráveis, mas também a integração de jovens em risco de exclusão social e o desenvolvimento da consciência cívica, pela promoção da cidadania e participação na comunidade”.